Soprano, licenciada em Letras Neolatinas pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade Mackenzie (São Paulo) com especialização em Literatura Brasileira e Língua e Literatura Francesas, concluiu, na Universidade de São Paulo, o Curso de Especialização em Língua e Literatura Francesas, com extensão na Université Laval, Québec, Canada, dedicando-se ao ensino desta Língua para alunos de 1º e 2º graus.
Desenvolveu, paralelamente, grande interesse pela música, utilizando-a como instrumento de aprendizagem linguística. Nessa área, participou, como professora, de experiências pedagógicas no Liceu Pasteur (São Paulo), publicadas na revista "Les Amis de Sèvres" (1980) e registradas no filme "Matin de Mars", realizado pelo Ministério da Cultura da França (1977/78).
Iniciou seus estudos de música com Anita Guarnieri no São Paulo Graded School. Dedicou-se também ao estudo de piano, fixando-se finalmente na área da Canção de Câmara. Realizou trabalho de técnica vocal e interpretação com Nilde Caputi, Anna Maria Kieffer e Adélia Issa em São Paulo e, em Lisboa, recebeu orientação de Fernando Serafim, Lucia Lemos e Juliana Mauger.
Seu duplo interesse pela Literatura Brasileira e pela Música direcionou-a para a Música Brasileira, investigando-lhe os poetas e compositores para resgatar e divulgar o patrimônio musical brasileiro, situando-o na História da Música. Ampliando suas investigações no âmbito da Canção Portuguesa, procura conhecer o desenvolvimento histórico da canção em Portugal e também determinar nela as raízes da música brasileira. Seus estudos levaram-na a especializar-se na canção do século XIX - a Modinha e o Lundu – e na Canção Brasileira de Câmara, repertórios registrados em oito CDs.
Paralelamente ao trabalho de pesquisa, apresenta-se em inúmeros recitais no Brasil, França e em Portugal, representando o Brasil em conferências, comunicações, entrevistas, depoimentos e eventos ligados à Música Brasileira e Portuguesa, tendo colaborado em publicações sobre o assunto.
Mestre da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa com a dissertação “Domingos Caldas Barbosa para além da Viola de Lereno”, (DEZ / 2011).
Premiada como “Melhor Intérprete de Modinhas” no Concurso de Composição de Modinha Brasileira (Campinas, S.Paulo, 1985) e como "Melhor Cantora de Câmara de 1989" (APCA - Associação Paulista de Críticos de Arte).
Apreciações críticas:
“Luiza Sawaya, das poucas cantoras que tiveram a ousadia de oferecer programas completos de música brasileira.”
Vasco Mariz, “História da Música no Brasil” Rio de Janeiro, 2002
“Ninguém mais poderia cantar com tanta graça e leveza as canções de um repertório primoroso, baseado em pesquisa cuidadosa e sensível, com absoluta fidelidade à partitura.”
Maria Lúcia Godoy, Belo Horizonte, 2002
“Não me canso de admirar a enorme contribuição que Luiza Sawaya tem dado ao longo dos anos à divulgação (“revelação” seria a palavra mais apropriada) da Música Brasileira do século XIX.”
Amaral Vieira, São Paulo, 2003
Leila Mutanen e Luiza Sawaya
Dois Momentos de Oito Compositores Brasileiros
Fundação M. Luisa e O. Americano – São Paulo, 1986
Achille Picchi e Luiza Sawaya – Trovas em Moldura
Palácio Nacional de Queluz – Queluz, 2003
Marina Brandão e Luiza Sawaya – EMOTIONS
Fundação M. Luisa e O. Americano – São Paulo, 1989